OS ATUAIS DESAFIOS DO MERCOSUL

1) Acordo MERCOSUL-UE: 
Certamente, o maior e mais complexo acordo já negociado pelo bloco. Poderá representar um salto significativo no comércio entre os dois continentes, com efeitos positivos sobre o setores agroexportadores. Por outro lado, poderá afetar a competitividade de produtos manufaturados locais. Por fim, caso as negociações fracassem, pode representar um duro golpe sobre o Mercosul, que já manifestou dissonâncias internas, no passado, sobre os termos do acordo.

2) Protecionismo intrabloco: 
Apesar dos novos mandatários em Buenos Aires e no Brasil enfatizarem a necessidade de resgatar a vocação do livre-comércio no bloco, países (sobretudo a Argentina, mesmo sob o comando de Macri) vêm adotando reiteradas medidas protecionistas que fragilizam o comércio intrabloco.

3) Assimetrias econômicas: 
Esse não é um desafio novo, mas sim um problema estrutural do Mercosul, que persiste até hoje. O Brasil é muito maior e mais dinâmico que os outros parceiros, o que pode levar a desequilíbrios comerciais e a uma divisão exageradamente assimétrica dos ganhos da integração.

4) Estagnação econômica: 
A desaceleração de uma economia individual afeta o bloco inteiro. Isso se reflete na diminuição do comércio e no PIB regional. Nesse sentido, o caos econômico na Venezuela e a estagnação brasileira, prorrogada pelos pacotes de austeridade, são fatores que desestabilizam todos os parceiros do bloco.

5) Venezuela:
A delicada situação social, econômica, política e securitária da Venezuela requer a atenção de todos os atores do bloco, já que a desestabilização em Caracas afeta todo o continente.

6) Penetração de capitais chineses:
Os chineses assinaram importantes acordos de comércio e investimento com vários atores do Mercosul, inclusive Argentina, Paraguai e Uruguai. Com este último, os chineses negociam um tratado de livre-comércio paralelo ao MERCOSUL. Apesar de a invasão de capitais chineses não ser algo necessariamente negativo (aumenta o PIB local, qualidade da infraestrutura e robustecimento econômico), o peso que a China exerce e o bilateralismo excessivo podem se tornar desafios de médio prazo para o fortalecimento intrabloco.

7) Avanço da agenda política e social: 
O Mercosul possui importante agenda social, a qual inclui o projeto de uma cidadania mercosulina (prevista para 2021); no plano político, eleições diretas para o Parlasul deveriam entrar em vigor em 2018. Com a turbulência política e econômica que assola a América do Sul, além do enfoque “comercialista” dos novos.




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