CURIOSIDADES DA CONSTRUÇÃO DA PONTE RIO-NITERÓI

Construída durante o Governo Médici,  no contexto de "milagre" econômico, a ponte Rio-Niterói foi uma das obras de infraestrutura empreendidas pelo presidente, a fim de estimular o crescimento do PIB, por meio do estímulo aos gastos públicos.

  • Antes da ponte, a travessia entre Rio de Janeiro e Niterói se dava por barca, com cerca de 40 carros de capacidade;

  • A construção tinha sido pensada ainda em 1875, mas o projeto só viria em 1963 e a conclusão, em 1973;

  • Um dos maiores orgulhos do projeto foi a dificuldade de sua consecução. A ponte não poderia ser pênsil (suspensa), por conta da proximidade com o aeroporto, para evitar acidentes. Além disso, não poderia ter muitas vigas, para que navios pudessem circular na Baía de Guanabara. Por isso, adotou-se a tecnologia de concreto armado e existe o vão central (aquela parte elevada no meio da ponte).

  • Dados oficiais contabilizam 33 mortes durante a construção, mas levantamentos da imprensa chegaram a 72 vítimas. Muitos desses trabalhadores que morreram durante as obras foram concretados juntos às vigas, e seus corpos jamais foram resgatados:
“Morreram vários operários. Em um dos acidentes, eu me lembro bem, morreram 12 pessoas, inclusive um engenheiro. Como confirma pesquisa no Jornal do Brasil da Biblioteca Nacional, o acidente foi no dia 25 de março de 1970, ou seja, um ano após o início das obras. Mas não foi possível publicar, o assunto estava sob censura” contou o jornalista Romildo Guerrante, que cobriu as obras da Ponte Rio-Niterói.

  • Quando foi inaugurada, a Ponte Rio-Niterói, com seus 13,2 km de extensão, era a terceira mais longa do mundo;

  • O primeiro automóvel a atravessar a ponte foi o Rolls Royce presidencial de Médici, e o primeiro veículo a passar pelo pedágio foi o do coronel Rodrigo Ajace, então secretário geral do ministério dos transportes;

  • Quando foi aberta ao tráfego, no dia 5 de março de 1974, duas filas enormes de carros esperavam para cruzá-la: uma com destino ao Rio e outra com destino a Niterói;

  • Suas famosas oscilações eram consequência de ventos de mais 55 km/h. Apesar de ser proposital, para evitar danos à estrutura, os motoristas ficavam assustados. Em 2004, foi adotado um sistema de amortecimento, e as oscilações diminuíram em 80%;




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