O REINO DOS FRANCOS E O IMPÉRIO CAROLÍNGIO


A Alta Idade Média costuma ser ignorada, tadinha... Mas vamos cobrir esse lapso na postagem de hoje, sobre um acontecimento que ocorreu logo após o colapso do Império Romano do Ocidente, em 476, causado pelas ondas de invasões, que conhecemos como invasões bárbaras ou germânicas. 

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Os anglo-saxões ocuparam o que hoje é a Inglaterra, os visigodos, a Espanha, os lombardos, o norte da Itália, e os francos, parte da França e a Alemanha.

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O Reino Franco durou de 481, com a coroação de Clóvis I,  até o 843, quando o Tratado de Verdun dividiu-o em três.

O Império Bizantino, porção oriental do Império Romano, com capital em Constantinopla, é a maior potência desse momento, até o Império Otomano se constituir, em 1299.

Mas vamos buscar suas raízes. No século VII, Maomé surge como profeta da terceira maior religião monoteísta do mundo: o islamismo. Na Hégira, fuga de Maomé de Meca para Medina, em 622, ocorre a impressionante expansão muçulmana, o que ameaça o poderio cristão no Ocidente. Eles chegam a derrotar o reino visigótico, na Espanha, que se torna o Califado Omíada, adotando a fé muçulmana, e investem em ofensivas contra o Reino Franco.

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O Reino Franco se coloca como defensor da fé cristã, o que é crucial para compreendermos seu sucesso.

Esse reino tinha um rei que era apenas figurativo. Quem mandava era o prefeito do palácio, o que gerava uma grande disputa de poder. Um desses "candidatos" a prefeito chamava-se Carlos e notou que o avanço muçulmano na Europa Ocidental poderia ameaçar a continuidade do Reino Franco. Na Batalha de Tours, Carlos torna-se Carlos Martel (o martelo de Deus, que havia expulsado os muçulmanos e defendido o reino), após a resistência cristã.

Sua popularidade vai às alturas e ele acaba se tornando o próprio rei, anos mais tarde. Carlos Martel teve dois filhos e, quando morreu dividiu seu reino entre os dois filhos: Carlomano e Pepino.

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Carlos Martel

Pepino, o Breve, foi o sucessor de Carlos Martel como rei dos francos. Este se aproxima do Papa e o protege do reino dos lombardos.

Quando Pepino morre, divide também seu reino entre os dois filhos, mas o mais importante deles é Carlos Magno (o grande, do latim), que governa por mais de 40 anos e inicia o Império Carolíngio. Foi um período de imensa expansão militar, criando as marcas nos territórios conquistados, o que fortalece a nobreza.

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Pepino, o Breve

Em 814, com a morte de Carlos Magno, começa a decadência do Império Carolíngio. Seu filho, Luís não consegue manter a integridade política nem a estabilidade das regiões conquistadas.

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Com a morte de Luís, o império é, mais uma vez, dividido, em 843, surgindo: Carlos, o Calvo fica com o Reino da França, atual França; Luís, o Germânico, com o Sacro-Império Romano-Germânico (atuais Alemanha e Áustria); e Lotário, com as antigas regiões do império, na Itália, Países Baixos, Lorena e Borgonha.

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Legados do Império Carolíngio:

- Manutenção do cristianismo;
- Defesa contra os muçulmanos;
- Renascimento cultural - criam-se o ponto de interrogação e a letra minúscula, por exemplo;
- Fortalecimento do Papa;
- Perda de integração do mar Mediterrâneo, devido às disputas contra os muçulmanos - símbolo de separação e palco de pirataria;



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