INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA

1. INTRODUÇÃO:

Nesta aula vamos fixar as diferenças entre micro e macroeconomia. Também vamos entender o papel dos governos e suas prioridades na prática para novas políticas econômicas. Vamos estudar quais objetivos os governos precisam ter e como esses governos praticam o incentivo e a regulação das forças de mercado. E essencialmente ,
entender por que existe recessão e expansão econômica, e como precisamos agir para combater processos recessivos.

Até este momento estudamos essencialmente a teoria microeconômica. Vimos como indivíduos, famílias e firmas interagem e como são determinados os preços de setores específicos de mercado.

A partir deste capítulo vamos estudar as variáveis agregadas da economia. O mercado em seu conjunto. Como variam todos os preços da economia (inflação). Qual nível de desemprego chegamos e o que fazer para reduzi-lo (taxa de desemprego). Em qual nível de crescimento econômico estamos e como fazer para provocar uma expansão controlada do produto nacional (taxa de crescimento econômico). Como estão nossas relações comerciais com o resto do mundo e o que fazer para expandir nossos negócios (taxa de câmbio, balança comercial, mercado de divisas). E finalmente, como dividir a renda e produto auferidos pelas famílias, empresas e governos de forma equitativa com toda a população do país (distribuição de renda). Todas essas questões são relacionadas as variáveis agregadas da economia e são conhecidas por teoria macroeconômica.

O termo Macroeconomia foi cunhado pelo economista norueguês Ragnar Frisch em 1933 mas foi com John Maynard Keynes, na obra Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, que os estudos de Macroeconomia tiveram sua estruturação inciada.

A Macroeconomia se utilizade de dados estatísticos em integração com análises econométricas para explicar os fenômenos econômicos e realizar previsões. A ação poítica dos governos, em associação com a análise macroeconômica é fundamental para administrar problemas de emprego, renda, inflação, comércio internacional e produção.

Muitos autores separam a os estudos das variáveis agregadas no curto e no longo prazo. No curto prazo, essas variáveis são conhecidas como questões conjunturais, mais especificamente inflação e desemprego. Essas políticas de curto prazo também são conhecidas como políticas de estabilização. No longo prazo, existe a própria teoria do desenvolvimento e do crescimento econômico, ocupando-se das duas variáveis (e outras mais como tecnologia, qualificação de mão de obra entre outras) em um modo estrutural.

2. Objetivos de política macroeconômica:

Os seguintes objetivos compõe o rol de políticas básicas macroeconômicas dos países:
  • Equidade na distribuição de renda
  • Preços estáveis
  • Crescimento econômico
  • Geração de emprego

Conforme já descrito, problemas relativos ao nível de preços e emprego são problemas conjunturais de curto prazo. É o objetivo central de políticas de estabilização realizadas pelos diversos governos no mundo. Crescimento e distribuição de renda são alvo de políticas de longo prazo.

Establilização da balança de pagamentos (ou equilíbrio externo) é considerado um instrumento de orientação geral dos governos sobre as metas previamente determinadas.

2.1. Nível de emprego

Aumentar o nível de emprego ao limite mais alto possível, com vistas a que toda população em idade produtiva tenha à sua disposição oportunidade de trabalho, é um dos principais objetivos de todas as políticas macroeconômicas.

É importante ressalvar que há vários tipos de desemprego. Para iniciar, existe o desemprego voluntário e o involuntário. Pessoas que vivem de renda acumulada em trabalhos anteriores ou recebidas de terceiros, estudantes que buscam aumentar a qualificação antes de se inserir no mercado de trabalho; ou membros das famílias que optam por atividades no lar fazem parte deste grupo. Neste caso, este tipo de desemprego não faz parte das preocupações dos governos, já que trata-se de opção das pessoas. A questão do desemprego involuntário, ou seja, pessoas que procuram mas não encontram oportunidade de trabalho faz parte do foco de políticas governamentais.

Normalmente o desemprego involuntário é atribuído a questões cíclicas ou estruturais. Caso os motivos sejam cíclicos, problemas relacionados à produção ou a alterações na demanda agregada explicam os índices.

Se as razões forem estruturais, há um problema de estagnação econômica, um desajuste persistente entre oferta e demanda relativo ao mercado de trabalho. Neste caso, outro motivo importante pode ser uma alteração permanente em processos produtivos, alteração de tecnologia ou outro fator de produção.

Existe também o chamado desemprego friccional, que também não faz parte das políticas macroeconômicas dos governos. Neste caso, há movimentos no interior dos mercados de trabalhos, independentes de questões estruturais ou cíclicas na Economia. Uma parte da massa de trabalhadores procura condições melhores de trabalho provocando alterações neste mercado. Também é conhecida por taxa natural de desemprego.

2.2. Crescimento da produção

Expandir a produção e provocar crescimento econômico está geralmente diretamente associado ao aumento dos níveis de emprego dos países. Geralmente por que pode haver expansão econômica sem que haja imediata recuperação do emprego.

Assim, o aumento constante do produto agregado, ou seja, da soma de bens e serviços que são produzidos em um país, é o grande objetivo de toda política macroeconômica de um país.

A ideia central dos economistas dos governos federais é que o crescimento da produção seja sempre próximo ao da capacidade produtiva dos países, e que, seja maior que a taxa de crescimento (demográfico) da população. Dessa forma, as pessoas poderão aumentar sua renda.

2.3. Preços estáveis

Estabilidade de preços, ou, manter as taxas de aumento dos preços da Economia próximas de zero é o terceiro objetivo de uma política macroeconômica realizada com sucesso. Preços instáveis desestabilizam a Economia provocando desinvestimentos e perdas para as camadas mais pobres da população. Inflação alta já foi apelidada de “imposto perverso” por economistas. Perverso por que retira renda justamente de quem menos pode se defender em direção aos governos e aos mais ricos.

Entre os economistas é comum aceitar que um pouco de inflação faz parte das acomodações históricas de uma Economia em expansão. Porém, inflação em excesso gera distorções complexas sobre o mercado de capitais e a balança de pagamentos entre outras áreas, afetando de um outro modo o crescimento econômico.

Políticas públicas com foco na estabilidade no nível de preços são essenciais para o crescimento sustentável, e, como veremos, para uma distribuição de renda mais justa.

Define-se inflação como o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços de uma Economia. Durante a década de 1980 – conhecida como “Década Perdida” - o Brasil sofreu com hiperinflação (chegando a 80% ao mês) e com a estagnação do crescimento econômico. Houve uma intensa concentração de renda, tornando os pobres mais pobres e aumentando a parcela da renda entre as camadas mais ricas da população.

2.4. Equidade na distribuição de renda

A economia do Brasil se expandiu a níveis comparáveis às maiores expansões econômicas da história (Japão e China) entre o final da década de 1960 e início dos anos 1970. Foi o
periodo apelidado de “Milagre Econômico”. Mesmo assim, a concentração de renda aumentou.

Argumentava-se que era preciso consolidar o crescimento (aguardar o bolo crescer) para depois repartir a renda (dividir o bolo ) . Assim os críticos argumentaram que essa era a “Teoria do Bolo”.

Alguns economistas buscaram sustentações para esse aumento da concentração de renda defendendo que o problema era inerente ao capitalismo. A demanda por força de trabalho qualificada (por pressão da expansão do crescimento) gera ganhos extras para esta parcela da população. Embora houvesse um aumento na concentração da renda durante o período do Milagre, a renda das pessoas aumentou em geral, mas com trabalhadores especializados melhorando ainda mais sua renda do que trabalhadores com baixa taxa de especialização.

3. Instrumentos de política macroeconômica

Para cumprir os objetivos de política macroeconômica mencionados, os agentes públicos vão utilizar ferramentas que estiverem ao seu alcance para aumentar a produção, manter preços estáveis e otimizar taxas de emprego.

A grande questão é como esses agentes vão alcançar estes objetivos e quais instrumentos serão utilizados.

Como definição, instrumento de política econômica é uma variável administrada pelos agentes econômicos que causa efeito nos objetivos mencionados.

Os quatro instrumentos mais relevantes são: Políticas fiscais, monetárias, comerciais e de rendas. Na sequência da aula serão descritos cada um destes instrumentos.

3.1. Política fiscal

Política fiscal, essencialmente, trata das decisões do governo sobre o montante de gastos públicos e os impostos arrecadados. Este instrumento auxilia o governo a modelar a distribuição de recursos entre bens privados e públicos.

Gastos públicos podem ser as compras do governo (construção de vias , compra de máquinas, salários dos funcionários , etc) e transferências do Estado (que elevam as rendas de alguns grupos de indivíduos). Quando se mensura o gasto público posiciona-se o nível de gasto da Economia e seu percentual no PIB do país.

Impostos também constituem-se de uma ferramenta de política fiscal. Eles diminuem a renda das pessoas, determinando o quanto de renda essas pessoas poderão gastar e poupar.

Assim, os impostos impactam na produção e no investimento a curto e longo prazos. As empresas também são influenciadas pelos impostos já que estes influenciam os lucros auferidos e os incentivos para investir em bens de capital.

Assim, caso o objetivo da política for a diminuição do nível geral de preços, as ações fiscais usadas são a redução dos gastos públicos ou a elevação dos tributos com vistas a reduzir os gastos em geral.

Já caso o objetivo seja a expansão da produção e a redução do desemprego, as ações fiscais devem ser em outro sentido, ou seja, para aumentar a demanda agregada.
Se as autoridades econômicas tiverem interesse em intensificar a distribuição de renda, os instrumentos precisam ser usados em benefício dos grupos com menor renda.

3.2. Política monetária

Os administradores públicos usam a política monetária para equilibrar a atividade da economia. O objetivo é realizar políticas “anti-cíclicas” ou, diminuir os efeitos dos ciclos sobre a Economia dos países.

Assim, as autoridades monetárias administram a quantidade de moeda em poder das pessoas, além de controlar o crédito e o sistema financeiro.

Com o controle da moeda, os bancos centrais determinam (ou influenciam) as taxas de juros, e procuram causar efeitos diretos no nível de investimentos, dos preços e no câmbio dos países (além de preços das ações e das casas das pessoas).

Como exemplo, se a economia de um país está sobre pressão de preços em elevação os agentes econômicos geralmente tomam a iniciativa de restringir a oferta de moeda ( a princípio, aumentando a taxa de juros). Os investimentos devem se reduzir e a produção e a inflação também caiu.

Em resumo, as políticas monetárias têm a disposição as seguintes ferramentas:

Emissão de moeda; reserva compulsória (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais precisam guardar junto ao Banco Central); open market (compra e venda de títulos públicos); redesconto (empréstimo do BACENl aos bancos comerciais);e regulação de crédito e taxa de juros.

A política monetária se sobrepõe à política fiscal por ter efeito mais rápido. Ela depende de decisões diretas dos agentes públicos, e políticas fiscais dependem de votação em seus respectivos congressos.

3.3. Política comercial e cambial

Neste instrumento, a política macroeconômica procura atingir o setor externo da economia.
A política de cambial atua nas taxas de câmbio do país. Ou seja, no preço da moeda em relação às demais moedas do mundo. Ela pode ser fixa ou flexível (neste caso é determinada pelo mercado de divisas dos países).

Já a política comercial atua sobre os incentivos às exportações e/ou desincentivos às importações geralmente através da redução ou aumento de impostos, ou por meio de crédito.

3.4. Política de rendas

Política de rendas atua diretamente sobre a formação da renda das pessoas e empresas (salários e aluguéis) por meio de controle e congelamento de preços de mercado.

Controles sobre preços e salários atuam em categoria própria da política econômica. Ressalva-se que na maioria das vezes, esse tipo de controle são usados como instrumento de combate à inflação. Esse tipo de controle também são conhecidos por “políticas de rendas” já que influem diretamente sobre as rendas (salários, lucros, juros, aluguel).


Atividade 1 
Em que pontos as políticas monetária e fiscal se diferenciam?

A política monetária age sobre as despesas de consumo e de investimento, por parte deempresas e das pessoas, impactando as taxas de juros e o crédito.
Já a política fiscal age sobre a renda por meio da tributação e dos gastos públicos.

4. Estrutura de análise macroeconômica

A análise macroeconômica elege 5 mercados como estrutura básica dos modelos macroeconômicos: Os mercados de bens e serviços e de trabalho – considerado a parte real da economia; e os mercados monetários, de títulos e de divisas, considerados a parte monetária da economia.

As variáveis macroeconômicas são alteradas pelo cruzamento da oferta agregada e da demanda agregada em cada um desses mercados.

Na sequência, apresentamos cada um destes mercados.

4.1. Mercado de bens e serviços

Este mercado trata do nível de produção agregado e do nível geral de preços de bens e serviços no país.

Ambas as variáveis são diretamente influenciadas pelo equilíbrio entre oferta e demanda agregadas.

A demanda agregada é composta pelos seguintes agentes macroeconômicos: consumidores, empresas, governo e setor externo.

Já a oferta agregada é dependente do nível de emprego associado a capacidade instalada na Economia.

O equilíbrio se dá quando a oferta agregada = demanda agregada.

Em resumo, as variáveis presentes neste mercado são: Nível de renda e produto , nível de preços, consumo agregado, poupança, investimento, exportações e importações.

4.2. Mercado de trabalho

No mercado de trabalho é determinado a taxa de salários e o nível geral de emprego da Economia.

A taxa de salário real – o custo da mão de obra para as firmas – e o nível de produção das empresas determinam a demanda por mão de obra.

Já a oferta de mão de obra depende do seu custo (salário) e da dimensão e evolução da população economicamente ativa.

O equilíbrio no mercado de trabalho é dado por Oferta de mão de obra = Demanda de mão de obra. As variáveis neste mercado são o nível de emprego e taxa de salários.

O salário real é o salário monetário descontada a inflação.

4.3. Mercado monetário

É o mercado determinado pelas transações realizadas com moeda corrente na economia. Como os agentes necessitam de moeda para realizar suas transações, existe uma demanda por moeda. Assim como obrigatoriamente há um montante de oferta de moeda, administrado pelas autoridades monetárias dos países.

O balanço entre oferta de moeda e demanda por moeda determinam a taxa de juros.

O equilíbrio é dado por Oferta de moeda = Demanda por moeda. As variáveis deste mercado são dadas pela taxa de juros e pelo estoque de moeda.

4.4. Mercado de títulos

Na economia há agentes superavitários e os deficitários. Os agentes superavitários têm um nível de renda superior aos seus gastos. Já os agentes deficitários seriam aqueles que têm gasto superior ao da renda.

O mercado de títulos é aquele em que agentes superavitários emprestam para os deficitários. São títulos do governo, ações, debêntures, duplicatas por exemplo.
Assim, a macroeconomia abriga todos os títulos e propõe um título para encontrar o preço e a quantidade dos títulos.

Do mesmo modo que o mercado de bens e serviços e de trabalho, propõe-se um título padrão a fim de estudar o modelo. O título federal é geralmente aceito como referência.

O equilíbrio neste mercado é dado por oferta de títulos = demanda por títulos.

Uma observação importante é que geralmente o estudo da macroeconomia entende os mercados financeiros e de títulos como interdependentes e, em conjunto, ambos determinam a taxa de juros da economia.

4.5. Mercado de divisas

O mercado de divisas é formado pelo resultado das relações comerciais internacionais entre as economias dos diversos países do mundo.

O montante da oferta de divisas é diretamente dependente das exportações e entrada de capital financeiro e a demanda por divisas o inverso (importação e saída de capital).

O equilíbrio se dá quando a oferta de divisas = demanda por divisas determinadas pela taxa de câmbio.

O Banco Central tem o poder de alterar o mercado fixando a taxa de câmbio ou pode deixar a taxa flutuar livremente.

5. CONCLUSÃO

Nesta aula você estudou os princípios da macroeconomia. Aprendeu como ela se diferencia da microeconomia. Estudamos quais são as variáveis macroeconômicas mais importantes, quais devem ser os objetivos dos governos federais e que instrumentos são mais relevantes para se administrar a Economia dos países.

Por fim, foi apresentada uma relação dos mercados mais importantes para atuação dos agentes públicos.

Compreendido isso, vamos à atividade final.

5.1 ATIVIDADE FINAL

Comente a questão abaixo. 

Responda se você acredita ser verdadeira ou falsa e explique sua resposta. A diminuição do desemprego friccional, resultado de alterações no mercado de trabalho é (segundo os objetivos de políticas econômicas) um alvo mais relevante do que a redução do desemprego estrutural.

A afirmação não procede. O desemprego friccional é em geral aceito como “normal”, ou condição “comum ao mercado de trabalho. O desemprego que realmente é foco dos governos, é o estrutural crônico.

RESUMO
Macroeconomia estuda as variáveis agregadas de uma Economia. Seu nível total de produção, o nível geral de preços, de emprego, das exportações, etc.

Um dos grandes objetivos da política macroeconômica é o de atuar em ciclos econômicos. Administrar instrumentos contra cíclicos para que recessões sejam atenuadas e criar meios para o crescimento da produção e do emprego. Além disso os agentes precisam estar atentos ao nível geral de preços de suas respectivas economias e a taxa de desemprego interna.

Explicando melhor, uma política de estabilização diz respeito às ações dos governos para mitigar os efeitos de um ciclo econômico. Para tanto, dois instrumentos são mais importantes: a política monetária que regula a quantidade de moeda em poder das pessoas e a taxa de juros, e a política fiscal, que regula a tributação e os gastos do governo. Entende-se que política monetária tem efeito de curto prazo mais eficiente e eficaz, já que não necessita de apoio político ou mudança de regras para ser praticada, como no caso da política fiscal.

Além das políticas fiscais e monetárias, os governos geralmente utilizam políticas de renda (para melhorar distribuição de renda entre as famílias) e a política comercial e cambial (visando equilibrar a balança comercial e de pagamentos dos países).

Em geral, as economias modernas são compostas de cinco grandes mercados onde os instrumentos de política macroeconômica são utilizados, são eles: o mercado monetário, o mercado de bens e serviços, o mercado de trabalho, o mercado de capitais e o mercado de
divisas. Todos são sujeitos ao equilíbrio entre oferta e demanda de suas respectivas variáveis.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Begg, D.; Fischer, S.; Dornbusch, R. Introdução À Economia. Editora Campus, 2004.
Fontes, Rosa [et al.]. Economia: um enfoque básico e simplificado. São Paulo: Atlas, 2010.
Mankiw, N.G. INTRODUÇÃO À ECONOMIA – Tradução da 6ª edição norte-americana – CENGAGE Learning, 2014.

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