ARTE EGÍPCIA

1. Introdução à história do antigo Egito

Características geográficas

•Os egípcios ergueram suas aldeias e cidades em meio a dois imensos desertos: o da Líbia e o da Arábia. Isso só foi possível, porque souberam represar e distribuir as águas do rio Nilo e fertilizar as terras situadas na sua margem.

•Situados ao norte da África, o Egito antigo era um território estreito e comprido que compreendia duas regiões: o Alto Egito (região do vale) e o Baixo Egito (região do delta do Nilo – onde o rio se divide em vários braços e deságua no Mediterrâneo).

•Anualmente o Nilo transborda e rega a terra, tornando-a favorável à agricultura. De outubro a fevereiro, começa a semeadura. Em abril, a colheita.


2. Os primeiros tempos do Egito

•Surgimento dos “nomos” – Desde 5000 a.C., aldeias de camponeses fixaram-se ao longo do Nilo e disputavam entre si por terras, dando origem aos “nomos”, conjuntos de aldeias governadas pelos “nomarcas”, chefes mais poderosos.

•Surgimento dos reinos – Aumentando as disputas entre os nomarcas, alguns deles passaram a controlar vários nomos, que acabaram se tornando diversos reinos até se resumirem a dois: o Alto Egito e o Baixo Egito.

•Menés, o primeiro faraó – Por volta de 3200 a.C., o rei do Alto Egito conquistou o Baixo Egito, unificando os dois reinos e se tornando o primeiro faraó e fundador da primeira dinastia.


3. História política do Império Egípcio

•Antigo Império – capital em Mênfis, atual Cairo (3200 a.C./2200 a.C.) – Nesse período, os faraós impuseram sua autoridade ao reino e construíram grandes obras públicas (entre elas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos). Porém, o título de nomarca passou a ser hereditário, e, com isso, eles passaram a ter uma certa autonomia em relação ao faraó, o que gerou conflitos de natureza político-administrativa, enfraquecendo o seu poder.

•Médio Império (2000 a.C./1750 a.C.) – O faraó volta a se fortalecer e conquista territórios mais a Sul (Núbia, região rica em minerais, inclusive ouro). Apesar da prosperidade material, o reino continuou a ser sacudido por revoltas, o que fez com que os hicsos, povos originários da Ásia Central, conquistassem o Egito, devido a seu uso de cavalos e carros, desconhecidos pelos egípcios. Tal dominação durou 150 anos.

•Novo Império (1580 a.C./1085 a. C.) – Amósis lidera a luta pela expulsão dos invasores, inaugurando uma nova dinastia e adotando uma política expansionista, conquistando Núbia, Síria, Fenícia e Palestina (até o rio Eufrates). Com isso, passou a exigir pesados impostos aos povos dominados que, à medida que enriqueciam faraó, chefes militares e sacerdotes, deixava a maior parte da população empobrecida. Isso levou a revoltas sociais que, somadas às sublevações dos povos dominados, debilitou ainda mais o poder do faraó. A partir do século VIII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por núbios, assírios e persas, até que foi conquistado por Alexandre, o Grande em 332 a.C..


Sociedade –Ausência de mobilidade social e desigualdade evidente.

Economia – Modo de produção asiático

•Agricultura – trigo, cevada, algodão, papiro e linho;
•Criação de animais – Cabras, carneiro, gansos e pesca;
•Atividade artesanal – Tecidos, vinhos e navios.


Religião

•Politeísmo – Crença em vários deuses sob forma humana e animal (antropozoomorfismo);

•Morte – Crença em um mundo subterrâneo para onde os mortos iniciam uma viagem perigosa, rumo a uma espécie de terra prometida. Para ajudá-los na viagem, os corpos eram mumificados e recebiam feitiços para afastar os males ao longo do percurso.


Escrita – A desoberta de uma pedra na região de Rosetta, em 1799, por um soldado de Napoleão, escrita em hieroglífico, demótico e grego, serviu para a decifração da escrita egípcia, por Jean-François Champollion e inaugurou a egiptologia.

•Hieroglífica – sagrada;
•Hierática – para documentos;
•Demótica – popular.


4. Artes no antigo Egito - A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.

Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.

4.1. Arquitetura


•Intensa religiosidade
expressava-se na forma de grandiosas construções mortuárias que abrigavam os restos mortais dos faraós, além de templos dedicados às divindades.


•Pirâmides do deserto de Gizé erguidas durante o Antigo Império por ordem dos três faraós que as nomeiam: Quéops, Quéfren e Miquerinos.

•No Novo Império, o Egito viveu o apogeu de seu poder e cultura, quando se construíram os templos de Carnac e Luxor (flor de papiro no capitel – arremate da coluna).

•Ramsés II (séc. XIII a.C.), por sua vez, utilizava as produções artísticas como meio de demonstrar seu poder: templos de Abu-Simbell e pequeno templo de Abu-Simbell.


4.2. Pintura

•Regra da Frontalidade – Tronco e um dos olhos representados de frente para o observador, enquanto cabeça, pés e pernas eram desenhados de perfil.

•Ausência de perspectiva e proporção

•Aménofis IV (Novo Império) e o fim o politeísmo – Transfere o capital de Tebas para Amarna e põe fim ao politeísmo, impondo o monoteísmo, cujo único deus era Aton, o deus Sol, e adotando o nome de Akhnaton, em sua homenagem. Nas produções que encomendava, quebrava-se AA regras acima, havendo proporcionalidade entre os que eram representados.

•Após a morte de Akhnaton, a tendência a representações mais informais segui até o reinado de Tutancâmon, seu filho e sucessor. Mas, quando a capital voltou a ser Tebas, o politeísmo foi restaurado e os governantes voltaram a ser representados em posturas mais formais.


Escultura

•Mumificação;
•Reprodução dos traços físicos do governante;
•Retrata a condição social.

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