O IMPERIALISMO ESTADUNIDENSE



Desde sua independência, os EUA mantiveram uma posição de isolamento: no plano econômico, o protecionismo salvaguardou a indústria nacional; no plano externo, distanciou-se dos conflitos europeus.


Doutrina Monroe (1823) - Temerosos das consequências da restauração pós-napoleônica (lembrar-se do Congresso de Viena e da Santa Aliança, que visavam, particularmente com relação às colônias, a impedir movimentos emancipatórios), os EUA lançaram tal doutrina:


Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia […] (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823)



Seu slogan "A América para os americanos" denotava a vontade de não só preservar o continente de incursões estrangeiras, mas prepará-la para um futuro domínio estadunidense. Não é à toa que muitos satirizam o slogan, reformulando-o: a América para os americanos (do norte).

Guerra Hispano-Americana (1898) - Um exemplo das pretensões imperialistas norteamericanas foi a independência de Cuba, que gerou confronto direto entre Espanha e EUA. 

Ajudando o movimento emancipatório cubano, os EUA buscavam domínio tanto econômico quanto estratégico, já que Cuba era grande produtora de açúcar e tinha posição geográfica interessante para o comércio.



Política do Big Stick (1901) - Como resultado da Doutrina Monroe, o então presidente Theodore Roosevelt criou a política do big stick, que destacava o papel dos EUA como nação guardiã da América. Essa ideia embasava-se no chamado "destino manifesto", que era a crença de que o povo estadunidense é predestinado por Deus a controlar o mundo. (Vocês já ouviram uma asneira tão grande??? Aqui não há espaço para imparcialidade histórica!!!) 


O "destino manifesto" disfarçava a chamada missão civilizadora que justificava o imperialismo europeu: as nações mais avançadas tinham o dever de levar desenvolvimento para as mais "atrasadas"...

A Questão do Canal do Panamá (1901) - A oportunidade de intervir no Panamá, que era da Colômbia à época, surgiu, quando os EUA adquiriram ações da empresa responsável pela construção do canal. Como a Colômbia era contra qualquer tipo de intervenção estrangeira em seus domínios, os EUA trataram de estimular a luta de independência panamenha.

Em 1903, com a independência do panamá, os EUA conseguiram não só concluir as obras do canal como tomar posse perpétua de suas áreas limítrofes. Ficava estabelecida a hegemonia estadunidense na América Central.

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