O IMPERIALISMO: estudo de casos => O expansionismo oriental

O caso russo:

Os territórios cobiçados pelos russos no Ocidente era as áreas do mar Negro, da península balcânica e do mar Mediterrâneo Oriental, por razões comerciais. Inglaterra e França, então, passaram a fortalecer o Império Turco-Otomano, com o objetivo de neutralizar o desejo expansionista russo, principalmente quanto aos estreitos de Bósforo e Dardanelos.

Os estreitos de Bósforo e Dardanelos constituem uma importante ligação entre Europa e Ásia, sendo, portanto,seu controle de grande interesse das potências imperialistas, que queriam abrir novas rotas comerciais.

A Rússia, porém, conseguiu estender seus domínio no Oriente, ao adquirir uma província no norte da Manchúria (Amur), através do Tratado de Aigum (1858).
Além disso, fez uma troca com o Japão: deu-lhe as ilhas Curilas em troca da ilha Sacalina (mais próxima de Amur). Para assegurar sua conquista, construíram estradas de ferro como a Transiberiana e a Transcaucasiana, colocando grande parte da Manchúria sob sua influência. essa atitude resultaria em conflitos contra o Japão mais tarde: a Guerra Russo-Japonesa, de 1905.
Acima, um mapa que mostra as dimensões da Transiberiana, que vai de Moscou até o Mar do Japão.

Você pode ler os dados da tabela em russo (ou não)!!! O mapa refere-se à ferrovia Transcaucasiana, que se estendia do mar Negro ao mar Cáspio, aumentando o controle russo sobre a região.


O caso chinês:

Revolta Taiping (1851): Na China do início do século XIX, a abertura ao Ocidente dava-se apenas na província de Cantão: no restante do território chinês, a dinastia Manchu recusava-se a abrir seus mercados. Contudo, a derrota da China na Guerra do Ópio fez com que a dinastia Manchu se  enfraquecesse e concedesse às potências imperialistas algumas áreas de seu território não sujeitas à administração chinesa.
A progressiva penetração europeia na China fez com que fanáticos nacionalistas (taipings) lutassem contra os Manchu. Os Manchu viram-se, então, obrigados a recorrer ao apoio ocidental para deter os revoltosos e acabou concedendo ainda mais territórios para os estrangeiros.
Rebelião dos Boxers (1900): A explosão do descontentamento chinês veio com esta rebelião. Os boxers eram  membros da Sociedade Secreta Revolucionária Punhos da Harmonia. A ação violenta dos revoltosos provocou uma aliança entre as tropas estrangeiras sitiadas em Pequim. Pela primeira vez na história, ingleses, alemães, franceses, japoneses e americanos combateram juntos contra um mesmo inimigo.

O caso japonês:

Japão em meados do século XIX: O país vivia isolado à margem da influência ocidental e organizava-se segundo os padrões feudais: o governo formal era de um imperador, mas quem o concentrava era o xogum, supremo chefe militar a quem todos os senhores feudais (daimios) deviam obediência; havia os samurais (soldados a serviço dos daimios); os mercadores; e os miseráveis camponeses.

Em 1853, os estadunidenses, que já estavam quase completando sua marcha ao oeste, decidiram tomar posição no Oceano Pacífico. Sabendo da ação esmagadora ocorrida na China, o xogum achou por bem concordar com as pretensões dos Estados Unidos da América e assinou no ano seguinte o Tratado de Kanagawa, que abria dois portos ao comércio com aquele país. Posteriormente, França, Inglaterra e Rússia conseguiram privilégios semelhantes.
A Era Meiji (Era das Luzes) (1868): Essas concessões detonaram a insatisfação entre os japoneses, e, em 1868, liderada pelo Príncipe Mutsuhito, ocorreu uma revolta imperial que pregava o rompimento com o passado feudal e o início da modernização. 
A principal consequência da Era Meiji foi a rápida industrialização nipônica. Além disso, o imperador incentivava estudos no exterior, o que os fez assimilar a tecnologia europeia. Os nipônicos estavam convictos de que este era o caminho para que eles competissem com o Ocidente em igualdade de condições.
Questão da Coreia (1894/1895): Da industrialização para a expansão imperialista foi um passo: aproveitando-se do enfraquecimento chinês, o Japão interveio numa rebelião na Coreia, que era domínio da China. Esta considerou tal atitude uma provocação e inicou-se a guerra, na qual os japoneses saíram vitoriosos. Em virtude disso, a China viu-se obrigada a ceder Formosa ao Japão, além de ter de reconhecer a independência da Coreia.
Guerra Russo-Japonesa (1905):  Consciente de sua força militar, Japão derrota a Rússia e ganha parte da ilha Sacalina, o protetorado sobre a Manchúria e sobre a Coreia (que viria a anexar a seu território mais tarde). A partir dessa vitória, o Japão passa a ser conhecido como uma potência mundial.



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