O IMPERIALISMO: estudo de casos => O expansionismo europeu sobre África e Ásia



A partir da Segunda Revolução Industrial, o advento do capitalismo em sua fase monopolista forçou a extinção de qualquer tipo de trabalho compulsório (ou seja, trabalho forçado, como servidão e escravidão), a fim de aumentar o mercado consumidor. Apesar de o tráfico negreiro ter acabado, com a assinatura da Lei Euzébio de Queiroz (1850), os países europeus não arredaram seus pés da África...

Portugal visava a um império colonial na África, para compensar a perda de suas colônias americanas; França almejava hegemonia econômica, principalmente, limitando a expansão dos ingleses nesse sentido; e Inglaterra pretendia não só descobrir novas áreas para exploração econômica, mas resguardar suas rotas comerciais para a Índia, estabelecendo postos avançados na costa africana.

A descoberta de ouro e diamante na Rodésia e no Transvaal despertou o interesse das nações industrializadas europeias, desencadeando disputas entre as nações que se pressupunham prejudicadas pela Conferência de Berlim (1884/1885).

Passemos ao estudo dos casos do Imperialismo europeu, tanto na África quanto na Ásia:

  1. Guerra dos Bôeres (1889/1902): A disputa deu-se entre Inglaterra e Holanda, cujos colonos eram conhecidos como bôeres, e concentrou-se nas áreas onde recentemente havia sido descoberta a existência de ouro e diamantes (Orange e Transvaal - a nordeste da atual África do Sul). Os bôeres (holandeses) buscaram ajuda franceses e alemães para conter o avanço britânico sobre a região, mas foram esmagados.
  2. Questão de Suez (1875/1898): França e Inglaterra dividiam a maioria das ações do Canal de Suez (importante canal que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, ligando ocidente e oriente), no Egito. Inglaterra sobrepôs-se à França e firmou seus interesses no nordeste africano.
  3. Guerra do Ópio (1840/1842): Passando para o avanço europeu sobre a Ásia, temos a Guerra do Ópio, entre Inglaterra e China. Esse conflito acarretou a vitória da Inglaterra, que garantiu não só a abertura dos mercados para essa droga em seus territórios indianos, como adquiriu o porto de Hong Kong (que só foi devolvido à China em 1997), através do Tratado de Nanquim.
  4. Rebelião dos Cipaios (1857/1885): Os cipaios consistiam num grupo militar formado por hindus, que, mesmo treinados à maneira ocidental, foram esmagados pelos ingleses. A Índia era o território colonial mais importante e explorado da Inglaterra, o que provocava tensão permanente entre os indianos. Após a vitória britânica contra os cipaios, a Grã-Bretanha resolveu assumir controle direto da região, reforçando sua dominação. A tensão só seria amenizada em 1885, a partir do Congresso Nacional da Índia, em que os hindus foram congregados contra a discriminação racial inglesa, propondo uma participação política mais efetiva do seu próprio país.
São estes os conflitos que a historiografia corrente trata como os mais importantes ocorridos durante a expansão imperialista sobre África e Ásia.

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