BANCO DE QUESTÕES DE VESTIBULAR SOBRE ABSOLUTISMO MONÁRQUICO

1. (Ufpr 2014)  Na figura abaixo vemos à esquerda uma ilustração de Guy Fawkes, inglês católico morto em 1605 após tentar explodir o Parlamento inglês na “Conspiração da Pólvora”, e um manifestante inglês usando a máscara de Guy Fawkes em 2011 (inspirada na graphic novel V de Vingança, transformada em filme em 2006) e portando um cartaz no qual se lê: “O povo não deve temer seu governo”.
 
 
Sobre os contextos do século XVII e do século XXI em que a figura de Guy Fawkes aparece, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
 (     ) Guy Fawkes pertenceu a uma legião de opositores católicos à dinastia dos Stuart, que tentou estabelecer um regime absolutista na Inglaterra ao longo do século XVII.
(     ) Atualmente, o uso da máscara de Guy Fawkes mantém o ativismo católico do personagem original, ao defender a opção preferencial pelos pobres e uma teologia de libertação através do ciberativismo.
(     ) Enquanto Guy Fawkes foi demonizado como traidor à Coroa inglesa desde o século XVII, atualmente as máscaras de Guy Fawkes representam a contestação ao autoritarismo e à injustiça, como no movimento Ocupe Wall Street e em diversos protestos pelo mundo.
(     ) Após a Conspiração da Pólvora, outras revoltas ocorreram no século XVII na Inglaterra, culminando na Revolução Puritana (1640) e na Revolução Gloriosa (1688), seja por questões religiosas, seja pelos cercamentos, seja disputa de poder entre a monarquia e o parlamento.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.  
a) V – F – F – V.    
b) F – F – V – F.    
c) F – V – F – V.    
d) V – V – V – F.    
e) V – F – V – V.   
 

 
2. (Ufrgs 2013)  Leia o segmento abaixo.
 O rei tomou o lugar do Estado, o rei é tudo, o Estado não é mais nada. Ele é o ídolo a quem se oferecem as províncias, as cidades, as finanças, os grandes e os pequenos, em uma palavra, tudo.

JURIEN, Pierre. Apud ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro, Zahar, 2001. p. 133.
 
Essa afirmação de um contemporâneo de Luís XIV, na França, diz respeito a uma forma de governo que ficou conhecida como
a) monarquia constitucional.   
b) autocracia despótica oriental.   
c) autocracia parlamentar.   
d) monarquia absolutista.   
e) tirania teocrática.   
  
3. (Enem 2012) 
Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra
a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta real.   
b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa o público e sem a vestimenta real, o privado.   
c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei despretensioso e distante do poder político.   
d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros membros da corte.   
e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político adornado esconde os defeitos do corpo pessoal.   
  
4. (Ufg 2012)  Leia o texto a seguir.
É notório que os reis que deixaram boa memória, cada um no seu tempo, buscaram a maneira de acrescentar as suas rendas e fazendas, sem dano e prejuízo dos seus súditos, para sustentar o seu estado real, a boa governança dos seus reinos, bem como a guarda e conservação deles para a conquista e guerra.

ARCHIVO GENERAL DE SIMANCAS. Diversos de Castela. Livro 3, fólio 85. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. p. 256. [Adaptado].
 Escrito no século XV, o texto é parte de uma instrução régia de Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Ele revela, como aspecto característico das monarquias europeias centralizadas, a organização das finanças régias,
a) considerando as despesas com a administração dos negócios militares.   
b) implementando uma política de favorecimento da burguesia emergente.   
c) estabelecendo uma remuneração à nobreza pelos serviços burocráticos.   
d) impondo o controle estatal às atividades econômicas privadas.   
e) justificando a intervenção na economia com base nos princípios de autossuficiência.   
  
5. (Ufjf 2010)  Acerca do início da Idade Moderna, leia a afirmação a seguir. Em seguida, com base na citação e em seus conhecimentos, responda ao que se pede.
Atividades econômicas, estruturas e relações sociais, formas políticas, ideologias, manifestações culturais, tudo afinal se modificou em maior ou menor grau, embora em ritmos e proporções bastante diferenciados entre si. Tal conjunto permite-nos considerar essa época o começo de um período distinto do medieval, quaisquer que tenham sido as permanências e continuidades então verificadas.
Explica-se assim o hábito há muito difundido entre os historiadores de procurar sintetizar todas as transformações do período que então se iniciava utilizando a noção de moderno.

Fonte: FALCON, Francisco; RODRIGUES, Antonio E. A formação do mundo moderno: a construção do Ocidente dos séculos XIV ao XVIII. 2ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. P.2.
Sobre as diversas modificações ocorridas no período, marque a alternativa INCORRETA.
a) O movimento conhecido como Renascimento Cultural tinha como uma de suas características centrais o antropocentrismo.   
b) O desenvolvimento dos Estados Modernos foi caracterizado pela crescente descentralização dos poderes, que enfraqueceu o poder dos monarcas.   
c) O movimento da Reforma Protestante criticou as práticas da Igreja Católica e dividiu a Cristandade Ocidental.   
d) Ocorreu a propagação de importantes correntes de pensamento tais como as teorias de direito divino dos Reis.   
e) O surgimento de avanços tecnológicos como a bússola e o astrolábio colaborou para a realização das grandes navegações.   
  
6. (Enem 2010)  O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante.
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.   
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.   
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.   
d) neutralidade diante da condenação dos servos.   
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.   
  
7. (Enem 2009)  O que se entende por Corte do antigo regime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França, de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas do reino da França sob a rubrica significativa de Casas Reais.

ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987.
Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é
a) o palácio de Versalhes.   
b) o Museu Britânico.   
c) a catedral de Colônia.   
d) a Casa Branca.   
e) a pirâmide do faraó Quéops.   
  
8. (Unifesp 2009)  "O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza."        
           
(Thomas Hobbes (1588-1679). "Leviatã". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.)
 
"O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário."
           
 (Nicolau Maquiavel (1469-1527). "O Príncipe". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.)
Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que:
a) Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.   
b) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.   
c) Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.   
d) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.   
e) Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano.   
  
9. (Ufrgs 2008)  No século XVI, a Espanha oscilava entre períodos de extrema riqueza econômica e bancarrotas vertiginosas.
Considere as afirmações a seguir acerca dessa oscilação.
I - A rebelião dos Países Baixos, parte integrante dos domínios imperiais dos Habsburgos, durou oitenta anos, contribuindo para corroer as finanças espanholas.
II - A política expansionista dos Habsburgos, que incluía planos de invasão da Inglaterra com a participação decisiva da "Invencível Armada", concorreu para as bancarrotas espanholas.
III - A entrada de capital monetário era destinada quase totalmente à industrialização espanhola, gerando deficiências crônicas na manutenção do Império.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.   
b) Apenas II.   
c) Apenas I e II.   
d) Apenas II e III.   
e) I, II e III.   
  
10. (Unifesp 2008)  Do ponto de vista sócio-político, o Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como
a) burguês-despótico.   
b) nobiliárquico-constitucional.   
c) oligárquico-tirânico.   
d) aristocrático-absolutista.   
e) patrício-republicano.   
  
11. (Unifesp 2007)  Sobre as cidades europeias na época moderna (séculos XVI a XVIII), é correto afirmar que, em termos gerais,
a) mantiveram o mesmo grau de autonomia política que haviam gozado durante a Idade Média.   
b) ganharam autonomia política na mesma proporção em que perderam importância econômica.   
c) reforçaram sua segurança construindo muralhas cada vez maiores e mais difíceis de serem transpostas.   
d) perderam, com os reis absolutistas, as imunidades políticas que haviam usufruído na Idade Média.   
e) conquistaram um tal grau de auto-suficiência econômica que puderam viver isoladas do entorno rural.   
  
12. (Ufrgs 2006)  Conflito complexo, com motivações que percorreram o campo do religioso, do político e do econômico, a Guerra dos Trinta Anos, travada entre 1618 e 1648, começou na Boêmia e logo se estendeu pelo continente europeu. Os resultados  finais da contenda foram fundamentais para a redefinição geopolítica da Europa. Entre estes, é correto citar
a) o fracasso das ambições dos Habsburgos e o fortalecimento político da França e da Suécia.   
b) o fim da hegemonia da Rússia na Europa Central e o colapso da política expansionista prussiana.   
c) a vitória espanhola, com o crescimento do seu império para as terras centrais da Europa.   
d) a conquista das margens do mar Báltico pela Dinamarca, garantindo o controle sobre o comércio marítimo da região.   
e) a consolidação do poder hegemônico da Inglaterra sobre o continente e a livre extensão dos mercados a seus produtos.   
  
13. (Enem 2006)  O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de "classe média" na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar.
            Norbert Elias. Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).
Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 30 Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referência a "classe média", descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe social a fim de
a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que pertenciam ao 30 Estado.   
b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos demais trabalhadores manuais.   
c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais membros do 30 Estado.   
d) distinguir, dentro do 30 Estado, as condições em que viviam os "criados de libré" e os camponeses.   
e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores manuais.   
  
14. (Unifesp 2005)  Nos reinados de Henrique VIII e de Elisabeth I, ao longo do século XVI, o Parlamento inglês "aprovava 'pilhas de estatutos', que controlavam muitos aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais".
            (Lawrence Stone, 1972.)
Essas "pilhas de estatutos", ou leis, revelam a
a) inferioridade da monarquia inglesa sobre as europeias no que diz respeito à intervenção do Estado na economia.   
b) continuidade existente entre as concepções medievais e as modernas com relação às políticas sociais.   
c) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia conquistado sua condição de um poder independente.   
d) especificidade da monarquia inglesa, a única a se preocupar com o bem-estar e o aumento da população.   
e) característica comum às monarquias absolutistas e à qual os historiadores deram o nome de mercantilismo.   
  
15. (Ufrgs 2004)  Observe a figura a seguir, que representa a construção da imagem do Rei-Sol.
Luís XIV assumiu o poder monárquico francês em 1661 e, em pouco tempo, impôs à França e à Europa a imagem pública de um Rei-Sol todo poderoso. Toda uma máquina de propaganda foi colocada a serviço do rei francês. Escritores, historiadores, escultores e pintores foram convocados ao exercício da sua glorificação. O mito de Luís XIV foi criado em meio a mudanças socioeconômicas e políticas na França do século XVII.
A esse respeito, considere as seguintes afirmações.
I - Luís XIV, rei por direito divino, suscitou a admiração de seus pares europeus, Versalhes foi copiada por toda a Europa, o francês consolidou-se como língua falada pela elite europeia. Porém, sombras viriam a ofuscar o Rei-Sol, visto que a oposição exilada começou a denunciar a autocracia do monarca francês.
II - Para restabelecer a paz no reino, após a rebelião da Fronda e a Guerra dos Trinta Anos, e dedicar-se à consolidação da cultura francesa como universal, Luís XIV devolveu o poder das províncias às grandes famílias aristocráticas.
III - A fim de criar uma imagem pública positiva e democrática, Luís XIV organizou a partilha do poder de Estado com o Parlamento e com o Judiciário, dando início à divisão dos três poderes, cara a Montesquieu e fundamental para os novos rumos da política europeia.
 
Quais estão corretas?
a) Apenas I.   
b) Apenas II.   
c) Apenas III.   
d) Apenas I e III.   
e) Apenas II e III.   
  
16. (Ufrgs 2004)  Em meados do século XVII, a Inglaterra mergulhou em uma guerra civil conhecida como Revolução Inglesa de 1640.
Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO está relacionada com esse contexto histórico.
a) No ápice da Revolução, o rei Carlos I foi executado, e a República proclamada. Oliver Cromwell tornou-se o dirigente máximo da Inglaterra. Com o fim da guerra civil, Cromwell instituiu um governo democrático, supervisionado pelo conjunto do Parlamento, no qual os direitos humanos passaram a ser respeitados e as classes populares encontraram voz ativa.   
b) Os puritanos, grupo político que desejava recuperar os valores do cristianismo primitivo e que recusava a autoridade do rei em matéria de fé, constituíram-se nos principais adversários das ideias absolutistas.   
c) Após a morte de Elisabeth Tudor em 1603, ascendeu ao trono da Inglaterra a dinastia escocesa dos Stuart, os quais careceram da habilidade política necessária para negociar com o Parlamento inglês.   
d) Uma das medidas da Revolução foi o estabelecimento do Ato de Navegação de 1651, que se tornou uma das bases da prosperidade comercial da Inglaterra. O Ato pretendeu obter para os navios ingleses o comércio de transportes da Europa e excluir do comércio com as colônias inglesas todos os rivais.   
e) A queda da monarquia inglesa abriu caminho para o surgimento de reivindicações radicais, como a dos niveladores, que defendiam a abertura do Parlamento às classes populares, ou a dos escavadores, que aspiravam a uma redistribuição de terras que contemplasse os pequenos produtores.   
  
17. (Ufpi 2000)  A respeito do Estado Absolutista é correto afirmar:
a) o poder concentrava-se nas mãos do rei por ter este conseguido afastar a influência da nobreza.   
b) Era caracterizado pela concentração do poder político nas mãos do rei e pela legitimação divina desse poder.   
c) O poder do rei no Estado absolutista, além de carecer de justificação, era criticado por pensadores como Maquiavel e Hobbes.   
d) Na economia, o Absolutismo correspondeu ao período de transição do capitalismo para o feudalismo.   
e) No plano político, a formação do Absolutismo correspondeu a uma necessidade de centralização do poder para adequar-se ao surgimento da nobreza.   
  
18. (Ufrgs 1998)  O maior representante do absolutismo francês, autor da frase "O Estado sou eu", foi
a) Henrique VIII.   
b) Felipe II.   
c) Carlos V.   
d) Luís XIV.   
e) Jaime I.   
  
19. (Uerj 1997)  Os meios de persuasão empregados por governantes do século XX com Hitler, Mussolini e Stalin - e, em menor grau, pelos presidentes franceses e norte-americanos - são análogos, sob certos aspectos importantes, aos meios empregados por Luís XIV.
                        (BURKE, Peter. A Fabricação do Rei. Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1994.)
Na época de Luís XIV, esses meios de persuasão para se fabricar a imagem pública do rei justificavam-se em função da lógica inerente ao absolutismo.
Este regime político pode ser definido como um sistema em que:
a) o poder se restringia a um só homem, sem leis   
b) a centralização do poder na figura do rei era legitimada através do povo   
c) os grupos e instituições não tinham o direito de opor-se às decisões do rei   
d) a tradicional divisão dos poderes - executivo, legislativo, e judiciário - era o desejo do soberano   
  
20. (Ufrgs 1996)  Entre os elementos que possibilitaram a consolidação do chamado Estado Nacional, podemos destacar:
I - a concentração do poder material e espiritual, com as monarquias se legitimando por direito divino.
II - o progressivo desaparecimento dos laços de dependência pessoal e surgimento da submissão do indivíduo ao Estado.
III - o desenvolvimento crescente da economia com a decorrente ampliação dos espaços de comercialização.
 Quais as afirmações corretas?
a) Apenas II.   
b) Apenas I e II.   
c) Apenas I e III.   
d) Apenas II e III.   
e) I, II e III.   
 
 
 
 

 
 
Gabarito:  
Resposta da questão 1:
 [E]
 
A alternativa [E] é a única correta. Guy Fawkes era pertencente a uma facção católica que muito criticou o rei Jaime I (1603-1625). A dinastia Stuart (1603-1689) considerada de estrangeiros aumentou impostos e tinha uma postura de intolerância religiosa reprimindo católicos e protestantes calvinistas, estes últimos foram para os EUA dando inicio ao processo de colonização. Na Conspiração da Pólvora em 1605, Guy Fawkes foi morto ao tentar explodir o Parlamento inglês. Ao longo do século XVII ocorreram inúmeros conflitos entre os reis da dinastia Stuart contra o Parlamento, ou seja, os Stuarts representavam o absolutismo que beneficiavam o clero e a nobreza enquanto o Parlamento era o espaço da burguesia que estava em ascensão. É neste conflito que surgiu o Liberalismo e o Iluminismo ancorados nas ideias de Locke que foram os alicerces teóricos para as Revoluções Burguesas que destruíram o Antigo Regime (Absolutismo e Mercantilismo). Recentemente, vários manifestantes no mundo têm utilizados máscaras para protestar contra injustiças sociais. Ao longo do século XVII os reis Stuarts procuraram demonizar a figura de Guy Fawkes associando a traição. O século XVII na Inglaterra ficou conhecido como “As Revoluções Inglesas do século XVII” no qual ocorreram a Revolução Puritana e a Gloriosa de 1689.  
 
Resposta da questão 2:
 [D]
 
O reinado de Luís XIV é normalmente considerado paradigmático da forma de governo monárquico-absolutista. Ao chamado “rei-sol” é atribuída a máxima “o Estado sou Eu”, que simboliza e marca a sua posição como centro da estrutura política e social do seu reino, posição legitimada pela vontade divina.  
 
Resposta da questão 3:
 [E]
 
Questão mais abstrata e que exige maior conhecimento geral, pois a imagem individualmente é de difícil interpretação. A ideia de “construir uma imagem” implica em perceber que a imagem natural não serve para que se estabeleça uma relação entre governantes e governados. O governante deve ser apresentado como superior e mais capacitado, diferenciando-se dos governados. Segundo a linguagem usada na questão, a figura do rei como indivíduo (privada) deve ser substituída pela figura do rei como símbolo de poder (pública).  
 
Resposta da questão 4:
 [A]
 
O texto faz referência aos primeiros momentos do Estado Nacional e de suas políticas de centralização, racionalização administrativa e burocrática. O Estado espanhol, bem como outros governos no período em questão, passou por tais transformações necessárias para a implementação do projeto de Estado Nacional Centralizado.  
 
Resposta da questão 5:
 [B]
 
A questão aborda algumas das principais mudanças ocorridas na transição feudal-capitalista. Em todas elas, a única INCORRETA é a alternativa [B], que mostra um caráter de descentralização do poder político dos reis dos Estados Nacionais Modernos. Na verdade, é neste momento que os reis se tornam poderosos devido ao Absolutismo que, em certos casos, foram justificados por teorias filosóficas. Esses monarcas centralizavam o poder em suas mãos.  
 
Resposta da questão 6:
 [E]
 
A moral política para Maquiavel é marcada pelo pragmatismo, ou seja, pela necessidade de atingir seus propósitos. O propósito do “príncipe” (do governante) é governar e manter a ordem social e para isso não deve se preocupar com a visão que possam formar sobre sua pessoa, com a reputação de cruel.
Maquiavel foi o primeiro intelectual a teorizar e defender o modelo absolutista de Estado, com o poder concentrado nas mãos do governante, como representação máxima desse mesmo Estado.  
 
Resposta da questão 7:
 [A]
 
Desde a antiguidade, os palácios foram símbolos do poder imperial ou real, e acabaram por expressar os valores artísticos da época em que foram construídos. No caso do Palácio de Versalhes, foi construído a mando do rei Luis XIV no século XVII, tornando-se um símbolo do Antigo Regime na França e uma obra que sintetiza a arquitetura do estilo rococó.  
 
Resposta da questão 8:
 [A]  
 
Resposta da questão 9:
 [C]  
 
Resposta da questão 10:
 [D]  
 
Resposta da questão 11:
 [D]  
 
Resposta da questão 12:
 [A]  
 
Resposta da questão 13:
 [C]
 
É a única resposta possível, a partir da ideia de que o terceiro estado era formado majoritariamente pelas camadas populares, que viviam em situação de pobreza, assim como os músicos da corte, forçados a aceitar uma situação na qual os serviços eram pagos com alimentação e moradia. No entanto, vale lembrar que a burguesia, inclusive os setores mais ricos, também eram membros do terceiro estado.  
 
Resposta da questão 14:
 [E]  
 
Resposta da questão 15:
 [A]  
 
Resposta da questão 16:
 [A]  
 
Resposta da questão 17:
 [B]  
 
Resposta da questão 18:
 [D]  
 
Resposta da questão 19:
 [C]  
 
Resposta da questão 20:
 [E]  
 
 


 
 

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